Você é um cálice sagrado

Cálice Sagrado_cachoeira
“É como uma segunda natureza, para muitos de vocês, carregar nas costas aqueles com quem se preocupam, e mesmo num nível impessoal, para se identificar abertamente com o sofrimento de qualquer parte do reino de Deus. Isso não ajuda muito, nem a vocês nem  à pessoa que estiverem carregando nas costas, se o resultado for vocês ficarem esgotados em suas energias ou mesmo passarem a sentir a negatividade de outros como sua própria depressão e tristeza. Não faz nenhum bem para os males de uma pessoa ou sequer para o seu amado planeta ser uma consciência destes males e levar a enunciá-los como um fato.
Lembrem-se de que enunciar qualquer coisa com o verbo no tempo presente tem o mesmo efeito que fazer uma afirmação. Enunciar o fato de uma situação infeliz afirma sua probabilidade de perpetuar sua presença na vida. Meramente, enunciar que tantas árvores são cortadas a cada ano, ou mesmo que serão cortadas até uma certa data, é sancionar energeticamente essa atividade e inflamá-la, o que é bem o oposto de sua intenção. Se um julgamento contra o perpetuador fica implícito no que foi enunciado, a situação estará sendo ainda mais inflamada.
A ação positiva não está em ser ativista “de poltrona”, o que só serve para ativar as energias negativas e separá-lo da Verdade. Não só seus campos e florestas estarão poluídos, mas seu coração também, e suas palavras soarão como os símbolos e gongos de que São Paulo falou, como efeito de falar dos fatos sem o Amor. Nem tampouco é atingida a vitória lutando contra os elementos destrutivos, engajando-se numa luta pelo poder que nunca poderá dar uma solução permanente. Poderá, isto sim, levá-los a um maior sentimento de impotência e futilidade, que poderá esgotar ainda mais as suas energias.
Meus caros, não me interpretem mal. De modo algum quero diluir suas preocupações apaixonadas por seu amado planeta ou, de fato, por qualquer objeto com o qual se preocupem. Nós, os seus amados do mundo da Luz, muito nos alegramos por essas suas preocupações e nós os amamos por causa disso, mas devo lembrá-los das palavras de Jesus: “Por mim mesmo, nada posso fazer.” Só queremos que cheguem a um ponto em que festejem por si sós a visão de coisas positivas que derivam de sua parceria com Deus e a Lei Divina em ação, por intermédio de vocês mesmos. Por causa disso é que precisam não fazer julgamentos; afirmar a Verdade, mais do que aquilo que é verdadeiro apenas no seu mundo; perdoar aqueles que vão contra a lei, “pois não sabem o que fazem”; investir suas energias em se elevar cada vez mais, para se tornarem um veículo mais eficiente para a ação de Deus.
É desta maneira que poderão fazer muito para dar apoio àqueles que descobriram a vocação para servir usando uma organização. Se eles são os soldados da infantaria, sejam vocês as tropas aerotransportadas, lançando bombas de luz sobre aqueles que vão contra a Criação do Céu na Terra. No devido tempo, todos terão o bom senso segundo os caminhos da Lei Divina, e os soldados da infantaria estarão junto de vocês. Até esta época, seus caminhos estarão se desdobrando bem, pois onde estiverem terão a mesma intenção que vocês, e é intenção deles crescer. Lembre-se: para que a evolução ocorra, não importa se as coisas tenham ou não sucesso nos termos mundanos, se a intenção for reta e verdadeira.
Se vocês ainda não se sentem propriamente voando, é improvável que fiquem imunes do efeito de tantos cuidados com os seus corpos físico e sutil. Alguns ainda carregam em sua aura uma mensagem convidando os outros para despejar suas preocupações sobre vocês. Se forem às compras num determinado dia, e parecer que todos estão trombando com vocês, eles podem estar despejando enquanto dão esses encontrões. Seu convite pode ser por causa de um desejo genuíno de aliviar o sofrimento dos outros, mas a menos que também tenham a pureza do veículo para transmutar o sofrimento, o seu mundo não vai ficar nem um pouco melhor por causa disso. Assim, quando surgem estados de espírito para os quais não podem encontrar uma explicação imediata, é prudente perguntarem a si mesmos se de fato aquele sentimento desconfortável é seu, ou pertence a alguém mais. Se a resposta for não, então um firme comando para tudo o que não for seu ir embora pode ser o truque certo a fazer. Senão, tente imaginar que você está debaixo de um chuveiro de luz, que vai lavar qualquer coisa que não deveria estar na sua aura.
Esse hábito de carregar nas costas a dor dos outros pode derivar de um “treinamento” precoce na sua família para ser um pacificador entre os seus, ou para afastar a tensão para longe daqueles que deveriam cuidar de você, cuidando deles, ao contrário. Desta maneira, aprende-se a ser receptivo à dor alheia. Muito embora essas experiências possam muito bem ter sido um treinamento para despertar o curador dentro vocês, o seu trabalho de cura não precisa continuar sendo um subproduto de uma necessidade infantil. Pode haver também entre vocês uns poucos curadores que que concordaram e curar assumindo a dor dos outros, mas a ideia não é que uma tal vocação surja em detrimento do seu bem estar pessoal.
Talvez, pudesse ajudá-los, meus queridos, pudessem ver a si mesmos como eu os vejo, como um outro tipo totalmente diferente de receptivo. Vejo-os como um vaso sagrado, como um cálice esperando ser enchido com uma energia que dá a vida, não poluída pela putrefação de antigas feridas, que, em última análise, vai permitir que vocês transmutem a energia negativa.
Com essa imagem, desejo levá-los numa viagem, numa visualização onde aprenderão realmente aliviar-se e preencher a tarefa que deveria ser realizada por um cálice. Mas, primeiro, precisam pegar algum papel e lápis de cor, pois quero que deem rédea livre à sua criatividade, desenhando um cálice. Não é um exame de arte, de modo que não se critiquem como artistas, só desenhem com amor.
Depois de completar sua figura, quero que escrevam no cálice os nomes de todos que estão carregando nas costas. Podem ser membros de sua família ou pacientes. Poderia ser uma nação de pessoas ou uma espécie animal em perigo. E de quem se sentem os antagonistas? Com quem estão dialogando em suas mentes? Estes também devem ser incluídos em seu cálice, pois certamente essas impurezas não deveriam ter lugar nesse recipiente.
Depois de fazer este desenho, fechem os olhos, e após atingirem um certo grau de quietude, criem uma visão de si mesmos, de pé, ao lado de uma correnteza de águas cristalinas que curam. podem ouvir o som da água saltando sobre as pedras?
Agora, imaginem-se puxando o cálice de dentro do abdômen, pois a sua propensão a carregar os outros nas costas se relaciona a fraquezas do segundo e terceiro chacras; esvaziem o conteúdo dele na correnteza. Ao fazê-lo, visualizem o seu conteúdo sendo limpo e purificado ao ser levado para longe, rumo ao oceano da consciência de cura. Talvez, vocês gostem de lavar bem o cálice na correnteza, antes de começar a caminhar rumo a sua fonte. Ao começarem esta pequena jornada, contemplem o fato de que acabam de entregar todos aqueles que carregavam nas costas a um poder superior. Eles não são mais da sua responsabilidade.
Agora, vocês chegaram à fonte da correnteza, onde o fluxo de água jorra de uma rocha, e, à sua espera, um Ser magnificente, banhado em luz branca. Certamente, vão sentir o seu Amor por vocês. Deem seu cálice a esse guardião da fonte, e à medida que ele o enche, vocês podem contemplar o infinito reservatório atrás da rocha de onde flui esta correnteza de água da vida.
O Guardião da Fonte segura o cálice cheio para vocês beberem. Ao beber, você tocam as mãos dele. Ao beber, vocês se sentem renovados, restaurados, refrescados e revitalizados pelo conteúdo do cálice. Têm consciência de todas as impurezas do pensamento sendo lavadas. Têm consciência de que onde antes seguraram o cálice no corpo, está sendo curado de toda dor causada pelo passado. E o milagre é que não importa o quanto bebam: o cálice está sempre cheio.
Depois de beberem o suficiente, o Servo da luz solta o cálice, e vocês o colocam no coração, onde ficará sempre transbordando e disponível para beberem sempre que desejarem.”
(Do livro: Deus nunca chega atrasado nem cedo demais – Canalização: Ian Grahan, pelo espírito Touro Branco)      
https://wohaliterapias.wordpress.com/2013/06/

Comentários

Mensagens populares